Rede de Cinemas Digitais promove democratização do acesso a conteúdos audiovisuais na UFBA
Abertura do projeto na UFBA contou com a participação da pró-reitora de Extensão, Blandina Viana, com a coordenadora do projeto na UFBA, Bete Barbosa, e o gerente de projetos da RNP, Alvaro Malaguti.
*Por Rayssa Guedes
A democratização do acesso ao audiovisual foi o tema central da primeira exibição da Rede de Cinemas Digitais, realizado na última terça-feira, 13 de agosto, na Sala de Arte da Universidade Federal da Bahia (UFBA), no Vale do Canela. O evento aconteceu simultaneamente em outras cinco salas do projeto: duas na USP, uma na Cinemateca Brasileira, em São Paulo, uma na Fundação Joaquim Nabuco, em Recife e uma na Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS).
“Reforçar e divulgar conteúdos produzidos dentro da academia em termos de cinema e audiovisual é um dos maiores objetivos do projeto Redes de Cinema e da UFBA”, contou a coordenadora do projeto e Assessora Cultural para Cinema e Audiovisual da UFBA, Elisabete Barbosa. Ela também afirma o desejo de trazer pessoas que não possuem vínculo com a universidade para a Sala de Arte – Cinema da UFBA, possibilitando o acesso a obras audiovisuais que não possuem ligação com o eixo comercial de cinema.
Alvaro Malaguti, gerente de projetos da RNP (Rede Nacional de Ensino e Pesquisa), ressalta a importância do desenvolvimento de tecnologia – mecanismos de digitalização – realizado pelo projeto, através da RNP em pareceria com o Ministério da Cultura (MinC) e Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCT), para salas não comerciais, de caráter público. Através do desenvolvimento em tecnologia, é possível criar autonomia às salas não comerciais, tornando-as viáveis e facilitando o acesso a conteúdos audiovisuais. Para Alvaro, quando “se aumenta os pontos de exibição também se está aumentando os pontos de distribuição, o que cria maior demanda para a produção”, reflete.
Intercâmbio de conteúdos Um dos objetivos do projeto é o de que as obras das salas participantes possam ser compartilhadas entre si. E foi o que aconteceu. Na Sala de Arte – Cinema da UFBA, por exemplo, foram exibidos conteúdos audiovisuais tanto da própria faculdade (Como “A Cartomante”, de Adriano Big, e “100 Sonho”, de Amanda Graciolli) quanto da Cinemateca (SP), USP (SP), UFRGS (RS) e Fundação Joaquim Nabuco (PE). A intenção do projeto, explica Malaguti, “é de possibilitar a circulação rápida e dinâmica de conteúdos através do compartilhamento entre as salas de cinema”.
Presente na sessão da Rede de Cinema Digitais, a Pró-Reitora de Extensão Universitária, Blandina Felipe Viana, destaca a importância da participação da UFBA em projetos que escapam ao ambiente acadêmico e atinjam a comunidade, o que permite uma maior integração e democratização do espaço público.
A Sala de Arte da UFBA encontrou-se em um papel decisivo para a execução do projeto na universidade. Há cerca de sete anos de parceria com Universidade Federal da Bahia, a sala de cinema dispunha de uma infraestrutura que cabia nos parâmetros impostos do projeto, o que facilitou a escolha da universidade como uma das parceiras do projeto.
O projeto Rede de Cinemas Digitais pensa o cinema como um sistema complexo que necessita de recursos técnicos e humanos, ou seja: aparelhos tecnológicos bem desenvolvidos, indivíduos capacitados para sua produção e público capaz de perceber e valorizar o conteúdo que está sendo exibido. A Rede concilia o desenvolvimento de soluções para a digitalização da exibição e a transmissão de conteúdos para criar, através de exibições democráticas, livres e abertas, um expectador crítico através da difusão da produção do audiovisual nacional.