Biólogos debatem a importância dos polinizadores em espaços urbanos

O assunto é tema da live nesta quinta-feira (11), às 17h 

Quando se fala em polinizadores (abelhas, insetos, pássaros e morcegos, entre outros), a primeira imagem que vem à mente é o campo. Mas a polinização é importante nos centros urbanos e é preciso planejamento para manter a estrutura verde nas cidades. Este é o tema da live de amanhã (11), às 17h, no Instagram @guardioesdachapada, projeto vinculado ao Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia em Estudos Inter e Transdisciplinares em Ecologia e Evolução (INCT IN-TREE). Nessa edição da série “E se os polinizadores entrassem em quarentena?”, os pesquisadores e biólogos Juliana Hipólito e Jeferson Coutinho tratam da importância de integrar a biodiversidade às dinâmicas urbanas, investindo para que seja possível construir cidades biofílicas e resilientes, ou seja, favoráveis à nossa saúde e bem-estar.

Os pesquisadores alertam que “embora seja bastante discutido o papel dos polinizadores em ambientes agrícolas, pouco se discute sobre o seu papel nos centros urbanos e as medidas que precisam ser tomadas para mantê-los nas cidades”. Juliana e Jeferson entendem que é um desafio abordar o tema, uma vez que a mudança de postura solicita repensar o nosso papel para a constituição de um espaço social que reflita amor à vida ou aos sistemas vivos. Eles ressaltam, porém, que a proposta da série de lives é indicar soluções e não apenas apontar os problemas.

Guardiões da Chapada
O projeto de ciência cidadã Guardiões da Chapada é uma realização da Rede de Pesquisa, Ensino e Extensão para Uso e Conservação de Polinizadores e dos Serviços de Polinização – POLINFRUT, vinculado ao INCT IN-TREE e coordenado por Blandina Viana.  Com a intenção e conservar o serviço de polinização e a diversidade de polinizadores, os cidadãos são convocados a fazer parte da pesquisa. De forma voluntária e consciente, os participantes produzem registros fotográficos dos animais nas flores, em ambientais naturais, urbanos e agrícolas, alimentando um rico banco de dados. O polinizador mais conhecido é a abelha, mas insetos como besouros, moscas, vespas e mariposas também realizam esse papel. Além dos morcegos e pássaros.

“A transferência de grãos de pólen entre as flores realizada por animais polinizadores é um serviço ecossistêmico chave para manutenção da biodiversidade e segurança alimentar. O declínio de polinizadores pode comprometer a manutenção de serviços ecossistêmicos, reduzir a biodiversidade e a produção agrícola”, explica Blandina Viana.

O projeto foi criado em 2015, envolvendo estudantes e professores da UFBA e  representantes de diversos setores das comunidades locais dos municípios de Mucugê, Lencóis e Ibicoara. De maneira colaborativa, já foram produzidas cartilhas e jogos, realizadas Bioblitz (coleta massiva de dados em campo) e diversas oficinas sobre polinização e polinizadores. Em paralelo, o projeto vem utilizando as redes sociais, Facebook (facebook.com/guardioesdachapada) e Instagram (@guardioesdachapada) e Youtube (Guardiões da Chapada), para promover suas ações e divulgar informações de base científica sólidas, para o público em geral.

Serviço
O quê: edição da série de lives “E se os polinizadores entrassem em quarentena?”

Quando: amanhã, às 17h (outra ediçõe:  18/06),

Onde: instagram @guardioesdachapada.

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