Para além das abelhas: live aborda importância dos polinizadores vertebrados
Live será transmitida nesta quinta (16), às 17h, no Instagram @guardioesdachapada
Morcegos, aves e lagartos são polinizadores. Você sabia? A série de lives “E se os polinizadores entrassem em quarentena” vai abordar, nesta semana, a importância e o comportamento dos polinizadores vertebrados. Nesta quinta (16), às 17h, no Instagram @guardioesdachapada, as pesquisadoras e biólogas Caren Queiroz, da Universidade Federal da Bahia (UFBA), e Kayna Agostini, da Universidade Federal de São Carlos (UFSCAR -SP), vão participar de um bate papo sobre o papel desses animais para a produção agrícola saudável, manutenção do ecossistema, entre outros. O evento faz parte das ações de divulgação científica do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia em Estudos Inter e Transdisciplinares em Ecologia e Evolução (INCT IN-TREE).
Segundo a professora do Instituto de Biologia da UFBA, Blandina Viana, a transferência de grãos de pólen entre as flores realizada por animais polinizadores é um serviço ecossistêmico chave para manutenção da biodiversidade e segurança alimentar. “O declínio de polinizadores pode comprometer a manutenção de serviços ecossistêmicos, reduzir a biodiversidade e a produção agrícola”, explica Viana. A questão é que sempre que falamos em polinizadores vêm à mente apenas as abelhas, mas insetos, como borboletas, moscas, vespas e besouros, também cumprem esse papel. Além dos insetos, animais vertebrados também trabalham para manutenção da nossa fauna. De acordo com a pesquisadora Caren Queiroz, para preservar e cuidar desses animais é preciso conhecê-los e, inclusive, rever alguns mitos associados a esses animais, a exemplo do que ocorre com os morcegos.
Nesse sentido, a live desta semana propõe mostrar o comportamento desses organismos, destacando a importância e a necessidade de pesquisas científicas na área. Além disso, no bate-papo, a professora Kayna Agostini vai contar situações inusitadas do trabalho de campo com esses polinizadores vertebrados e a relevância da participação de cientistas cidadãos no registro desses animais. Caren Queiroz destaca, porém, que é urgente cultivar um olhar mais sensível a esses organismos, especialmente, os morcegos.
Conhecendo o projeto Guardiões da Chapada
O projeto de ciência cidadã Guardiões da Chapada é uma realização da Rede de Pesquisa, Ensino e Extensão para Uso e Conservação de Polinizadores e dos Serviços de Polinização (Polinfrut), vinculado ao INCT IN-TREE e coordenado por Blandina Viana. Com a intenção e conservar o serviço de polinização e a diversidade de polinizadores, os cidadãos são convocados a fazer parte da pesquisa. De forma voluntária e consciente, os participantes produzem registros fotográficos dos animais nas flores, em ambientais naturais, urbanos e agrícolas, alimentando um rico banco de dados. O polinizador mais conhecido é a abelha, mas insetos como besouros, moscas, vespas e mariposas também realizam esse papel. Além dos morcegos, pássaros e mamíferos não voadores.
O projeto foi criado em 2015, envolvendo estudantes e professores da UFBA e representantes de diversos setores das comunidades locais dos municípios de Mucugê, Lencóis e Ibicoara. De maneira colaborativa, já foram produzidas cartilhas e jogos, realizadas Bioblitz (coleta massiva de dados em campo) e diversas oficinas sobre polinização e polinizadores. Em paralelo, o projeto vem utilizando as redes sociais, Facebook (facebook.com/guardioesdachapada) e Instagram (@guardioesdachapada) e Youtube (Guardiões da Chapada), para promover suas ações e divulgar informações de base científica sólidas, para o público em geral.
Serviço
O quê: live da série “E se os polinizadores entrassem em quarentena?”
Quando: nesta quinta, 16, às 17h
Onde: instagram @guardioesdachapada.