Estudantes da UFBA lançam projeto sobre conscientização dos princípios da internet no Brasil por meio do audiovisual

Iniciativa começou em 25 de junho e produção artística é seu ponto alto, dando visibilidade para jovens artistas independentes

O coletivo Conexão Malunga lançou o projeto Tecnologia: rostos, vozes e cor, parceria com nove artistas da Bahia e de Sergipe, que compartilham fundamentos da legislação sobre internet no país por meio de uma série de vídeos no Instagram e no Twitter.

A produção de arte é o ponto alto da iniciativa, que começou em 25 de junho, por uma formação em segurança digital como estratégia de promoção da visibilidade de jovens artistas independentes, a partir de referências da afrodiáspora, como Abdias do Nascimento e Audre Lorde. Na pandemia, a classe artística foi uma das primeiras afetadas pelo distanciamento social devido à Covid-19. Para apoiá-los individualmente é importante consumir seus produtos, contribuir em doações e financiamentos coletivos. Conheça todos artistas que participam do Tecnologia: rostos, vozes e cor.

A Plataforma Conexão Malunga discute os usos das tecnologias para a autonomia e foi fundada por duas estudantes de jornalismo da Universidade Federal da Bahia: Glenda Dantas e Mariana Gomes. “Consideramos de extrema importância incluir artistas negros nas discussões sobre TIC’s, porque partimos do princípio de que a população negra sempre produziu tecnologia, então os artistas, neste projeto, evocam que o rosto e a voz das tecnologias, que não podem continuar sendo representados só pela branquitude, status de poder conferido às pessoas brancas, ou pensamentos e modelos de negócios eurocentrados”, explica Glenda. 

Atualmente a equipe conta também com outras duas integrantes de Ciências Sociais, Marcela Gomes e Maiara Fonseca , graduandas na UFBA, e Pedagogia, Driele Santos.

Lançada em setembro de 2019, durante o I Festival Baiano de Mulheres na Tecnologia, em 1 ano a Conexão Malunga realizou diversas séries de debates com temas como COVID-19 nas periferias e racismo algorítmico.  Dentro da tradição de mídia negra, integrou-se a ações coletivas como o Manifesto da Mídia Negra, do Fórum Permanente de Igualdade Racial (FOPIR) e a Nota conjunta de organizações de Direitos Humanos contra propostas normativas que podem levar à criminalização e vigilância de movimentos sociais ao tratar de “fake news”.  

Conheça mais sobre o projeto Malunga:

Instagram: https://www.instagram.com/malungaconexao/

Twitter: https://twitter.com/ConexaoMalunga