Debate promovido pela LJEU discutiu como se constrói narrativas através de grandes eventos futebolísticos
Evento permitiu aos estudantes conhecerem melhor sobre a atuação do jornalista esportivo e a maior rivalidade futebolística no Nordeste
Por: Gleisiane Pereira
Na última sexta-feira (26), no Auditório Vladimir Herzog, na Faculdade de Comunicação da UFBA, os alunos tiveram a oportunidade de assistir ao debate sobre a maior rivalidade esportiva do Nordeste: Bahia x Vitória. O evento, que contou com a presença dos escritores e jornalistas Franciel Cruz e Nestor Mendes Júnior, marcou o início das atividades ao público da Liga de Jornalismo Esportismo da UFBA (LJEU), primeira liga acadêmica da Facom/UFBA.
Para o tutor e professor, Washington José Filho, eventos como estes são de suma importância, pois possibilita ao aluno a troca de conhecimento e aprendizado, através de uma reflexão sobre o papel do jornalista esportivo na sociedade. “Compreender o papel do jornalismo nas perspectivas sociais, econômicas e nas diversas questões que atingem a sociedade”, destaca ele.
Criada a partir de uma ação dos estudantes, com o intuito de incentivar aqueles que buscam atuar nesta área. A LJEU tem o objetivo de promover atividades jornalísticas dentro do setor esportivo, uma área bastante carente na grade curricular do curso de Jornalismo. “Tem a chance de discutir questões que transcendem os limites da formação e do padrão que a gente segue. Infelizmente a gente não consegue [a faculdade] oferecer aos estudantes conteúdo que permitam a ele intensificar essa formação”, diz o tutor.
Um debate rico descontraído e rico em detalhes possibilitou aos estudantes presentes a oportunidade de entender melhor o que faz, como atua e quais caminhos percorrer na busca por uma carreira profissional na área do jornalismo esportivo. No entanto, o escritor e jornalista Franciel Cruz destaca que de nada adianta seguir uma carreira na qual não há aptidão: “antes de tudo é preciso gostar daquilo que faz”, afirmou.
Além disso, o jornalista e escritor Nestor Mendes Júnior pontua que um jornalista esportivo não pode deixar de ser repórter, ou seja, ser investigador. É uma característica fundamental que todo profissional deve ter, afinal existem situações tão importantes quanto a escalação de determinado jogador. Trata-se do compromisso do jornalista com a informação: “Você pode trabalhar em assessoria de imprensa, pode trabalhar em qualquer área que for, mas tem que manter seu espírito de investigador”, finaliza.