Cachoeira recebe o I Encontro Nacional de Educação Museal
O evento surgiu através de convênio com a Universidade Federal do Recôncavo da Bahia e a Universidade Federal da Bahia
Acontece entre os dias 6 a 8 de julho, no Centro de Artes, Humanidades e Letras (CAHL/UFRB), na cidade de Cachoeira, recôncavo baiano, o I Encontro Nacional de Educação Museal (EMUSE). O projeto, de iniciativa do Instituto Brasileiro de Museus (Ibram), em parceria com o Observatório da Economia Criativa da Bahia (OBEC), surgiu através de convênio com a Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB) e a Universidade Federal da Bahia (UFBA).
O encontro tem o objetivo de discutir a Política Nacional de Educação Museal (PNEM), orientação criada em 2017 a partir da iniciativa popular, que visa a realização de ações que fortalecem o campo profissional e garantam condições mínimas para a realização das práticas educacionais nos museus e processos museais. A PNEM, instituída na Portaria Ibram nº 605/2021, reúne princípios, diretrizes e objetivos, que foram definidos de maneira colaborativa com consulta pública online, encontros regionais e fóruns Nacional de Museus.
A proposta do evento surgiu a partir da Pesquisa Nacional de Prática Educativas dos Museus Brasileiros – PEM Brasil. A pesquisa, desenvolvida em conjunto no ano de 2022, trouxe diversas questões que serão discutidas no EMUSE. Além disso, o encontro trará como tema o papel da educação museal na promoção da cidadania, bem como iniciativas que dialogam com grupos sociais minorizados e que representem a diversidade social e cultural brasileira.
A escolha por Cachoeira é proposital, afinal o EMUSE será no período em que se comemora o Bicentenário da Independência do Brasil na Bahia, local de história e de luta, firmando, assim, um compromisso com a diversidade de memórias, patrimônios e histórias na educação museal.
A programação, totalmente gratuita e aberta ao público, contará com apresentações de trabalhos, mesas de debate, encontros de redes, grupos de trabalho, minicursos e atividades culturais. Para maiores informações acesse o site oficial do evento.
O que é Educação Museal – A educação é uma das funções essenciais a todos os museus. Para além das atividades de preservação, conservação e comunicação de seus acervos, é por meio da ação educativa que os museus exercem seu papel na transformação social e na interpretação da cultura e da memória. Não basta saber o que são os bens musealizados do museu; é preciso compreender seu contexto social junto a uma consciência crítica e abrangente da realidade. Assim, a Educação Museal diz respeito aos diversos processos (de ordem teórica, prática e de planejamento) que contribuem para que o museu assuma plenamente sua tarefa de mediador e referencial para a sociedade. O seu escopo é formado pelo conjunto das abordagens, das metodologias e das ferramentas próprias ao desenvolvimento das ações educativas realizadas em museus.
O que é a PNEM – Construída por meio de amplo processo de participação social, a Política Nacional de Educação Museal (PNEM) é uma orientação para a realização de ações que fortaleçam o campo profissional e garantam condições mínimas para a realização das práticas educacionais nos museus e processos museais. Reúne princípios, diretrizes e objetivos que foram definidos de forma colaborativa com consulta pública online, 23 encontros regionais e edições do Fórum Nacional de Museus, em que o documento final foi aprovado em 2017 e instituído pela Portaria nº 422/2017, revogada e substituída pela Portaria Ibram nº 605/2021. A realização do EMUSE vem consagrar agora o processo de construção participativa do efetivo cumprimento da PNEM no país, estados e municípios, incluindo agentes do campo na execução de políticas públicas.
Sobre o Ibram – O Instituto Brasileiro de Museus (Ibram) foi criado em janeiro de 2009, com a assinatura da Lei nº 11.906. A autarquia sucedeu o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) nos direitos, deveres e obrigações relacionados aos museus federais. O órgão é responsável pela Política Nacional de Museus (PNM) e pela melhoria dos serviços do setor – aumento de visitação e arrecadação dos museus, fomento de políticas de aquisição e preservação de acervos e criação de ações integradas entre os museus brasileiros. Também é responsável pela administração direta de 30 museus.
Sobre o OBEC – O Observatório da Economia Criativa da Bahia (OBEC) é um grupo de pesquisa interinstitucional que reúne docentes e discentes da Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB), da Universidade Federal da Bahia (UFBA), da Universidade do Estado da Bahia (UNEB), além de pesquisadores independentes e de outras instituições, públicas e privadas, para a promoção de atividades de ensino, pesquisa e extensão no campo da economia criativa. Os membros atuam em diversas áreas de conhecimento: artes, comunicação, economia, administração, estatística, gestão e produção cultural, entre outras. Sediado no Instituto de Humanidades, Artes e Ciências da Universidade Federal da Bahia (IHAC/UFBA), o OBEC foi criado em 2014, através de edital do Ministério da Cultura, como parte de uma rede de núcleos vinculados às universidades federais do Brasil que tinham o objetivo de produzir informações e conhecimento e gerar experiências e experimentações sobre a economia criativa local e estadual.