Virada Cultural agitou a FAUFBA no fim de semana
Por Carla Letícia*
A segunda edição da Virada Cultural movimentou a sexta-feira (8) e o início do sábado seguinte na Faculdade de Arquitetura da UFBA. O evento, que propõe unir arte, cultura e música, é voltado para o público universitário. Com diversas atividades, divididas em 24 horas, foram oferecidas oficinas, palestras e apresentações. Produzida pela Folk, com shows musicais que duraram a noite inteira, a Virada atraiu o público externo para o ambiente da universidade.
As 15 oficinas, que preencheram o dia, incluíram confecção de bolsas e carteiras, desenho de mandalas e pontilhismo (técnica de pintura que utiliza a justaposição de pontos de cor). Luiza Pacheco, que orientou a aula livre de yoga, prática que ensina há dois anos, disse que o evento tem uma proposta engrandecedora para a universidade: “Adorei a ideia de reunir arte e oficinas que permitem às pessoas aprenderem e praticarem uma atividade, como o yoga”.
No comando da oficina de mandalas, Nabila Hage, que estuda arquitetura e tem o desenho como um hobby, ressaltou sua prática terapêutica. “Fazer uma mandala tem função meditativa e eu me sinto muito em paz quando estou desenhando-as. Quis dar essa oficina para mostrar às pessoas que desenhar mandalas não é só para profissionais”, conta. Aline Monteiro, estudante de música, participou de duas oficinas e elogiou a versatilidade e organização do evento. “O ambiente é muito acolhedor e nos permite conhecer muita coisa. A Virada é um evento maravilhoso”, finaliza.
Os fundadores do movimento Euzaria, Kiko Kislansky e Zé Pimenta, ministraram uma palestra sobre capitalismo consciente, preceito com o qual trabalham em sua marca. “Somos uma marca de camisetas diferente. Pensamos não só o lado do empreendedorismo, mas também temos uma forte contrapartida social. A cada camiseta comprada, outra é doada para quem precisa”, explica Kiko. Ele disse ainda que a participação na Virada é uma tentativa de divulgar a marca para a UFBA: “Os universitários podem nos ajudar em nossa proposta de fazer uma diferença muito maior”.
Ludmilla Lomba, uma das organizadoras do evento e sócia da produtora Folk, responsável pela idealização e realização da Virada, contou de onde veio a ideia. “Nos inspiramos na Virada Cultural de São Paulo e, desde o ano passado, procuramos fazer um evento que unisse diversas vertentes e que divulgasse o que é produzido na universidade”, explica. Ela conta que o espaço é cedido pela Faculdade de Arquitetura, mas que toda a produção fica a cargo dos alunos. “Fazemos o possível para promover o evento com segurança e conforto, respeitando as regras de espaço e socialização”, diz.
Ao longo de todo o dia, 3500 pessoas estiveram presentes na Virada e, entre o público, a aprovação foi grande. A empresária Larissa Fernandes nunca havia ido a um evento da faculdade e disse que se surpreendeu. “Foi uma grande feira, vários stands de comidas e bebidas, artesanato e atividades o tempo todo. Tentei participar de tudo. Deveriam ter mais dias de Virada Cultural”, diz.
Durante a noite, devido à chuva intensa, alguns shows foram cancelados. Somente as bandas Cyria e Musicô se apresentaram normalmente.
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*Todos os repórteres da Agenda Arte e Cultura colaboraram com esse texto.
