Escola de Dança realiza ato contra o racismo
Workshop ofereceu ao público abordagem prática e teórica da dança afro, utilizando esta forma de expressão para combater o preconceito racial
Por Luiza Leão
Estudantes, professores e técnicos-administrativos puderam se reunir, ontem (13/04), na Escola de Dança da UFBA, em Ondina, para um ato contra o racismo por meio da dança. A Oficina de Dança Afro-Brasileira, foi uma das atividades propostas pelo projeto Dança em Fluxo que aconteceu no Teatro do Movimento. O objetivo era oferecer aos alunos e ao público uma abordagem prática e teórica da dança afro-brasileira, bem como combater o racismo.
Graduando em dança, o organizador do evento Dança em Fluxo, Rener Oliveira, pensou na atividade como uma forma de praticar os conhecimentos e abordagens teóricas da sala de aula. “ O bailarino é muito cobrado pela técnica”, justificou. A essência da dança afro é estar a favor da gravidade. Os movimentos são voltados para a terra, o chão. Nela, braços reverberam-se para os ombros, quadris, pernas e pés.
A convidada para ministrar a atividade, Leda Maria, 54 anos, além de servidora e técnica em dança na UFBA, é arte-educadora e produtora cultural em bairros populares. Apoiar o movimento contra o racismo, para ela, é uma uma forma de incentivar pessoas a virem para a universidade. “As pessoas precisam se sentir acolhidas e contempladas”, defendeu.
Após a oficina, estudantes de diversos cursos seguiram em direção à Praça das Artes, situada no Campus de Ondina e fizeram um jogral dentro do Restaurante Universitário.
Outras atividades também foram realizadas durante o projeto Dança em Fluxo. À noite, o público pôde participar da Oficina de Danças Populares e, logo em seguida, da Oficina de Dança da Expressão Negra. Pela manhã, foram realizados o Alongamento Fitness, seguido da Dança de Matrizes Africanas. As atividades contaram com o apoio financeiro da Proext (Pró-Reitoria de Extensão).