Equipe da Agenda visita exposição do fotógrafo Rui Rezende
Com enfoque na natureza, mostra fotográfica reúne imagens de cidades do Brasil e de países como Peru, Argentina e Japão
Por Luiza Leão
A equipe de estagiários da Agenda Arte e Cultura visitou, na última quarta-feira (04), a exposição “Além de uma vida”, do fotógrafo Rui Rezende, em cartaz até o dia 18 de maio no 3º piso do Shopping da Bahia. Durante o bate-papo com a equipe, Rezende falou sobre suas experiências e deu dicas de fotografia.
Rui Rezende possui uma longa trajetória na área da fotografia. Ao longo dos 21 anos de carreira, fez de tudo: desde trabalhos de revelação, passando por fotografia de eventos como aniversários, formaturas e casamentos, até se encontrar na fotografia de natureza, sua paixão. Possui quatro livros publicados e experiências que incluem viagens pelos interiores da Bahia e de outros estados do Brasil e a países como Peru, Argentina e Japão. “Minha galeria é em qualquer lugar do mundo”, afirma.
Por apostar na autenticidade de suas obras e por dificuldades com a própria tecnologia, o fotógrafo evita o uso de manipulação de imagem. Segundo Rui, suas fotos são pensadas antes do clique e aconselha aos que desejam fotografar: “Não tire foto só por tirar”. Para ele, a fotografia vai muito além da técnica, sendo a criatividade um elemento até mais importante, uma vez que as técnicas que utiliza foram adquiridas através da tentativa e do erro.
Rezende não mede esforços para conseguir tirar uma foto e já chegou a arriscar a própria vida para conseguir o melhor ângulo. O fotógrafo ficou 10 dias em coma induzido, quando a aeronave em que estava perdeu a estabilidade e se chocou com o solo. As obras escolhidas fazem parte do acervo de antes e depois do acidente, voo que fez o baiano renascer para mais de uma, ou além de uma vida.
Quando parabenizado pelo seu trabalho, ele brinca: “O trabalho não é meu, quem fez tudo foi Deus, eu só registro. Quando fui brincar de ser Deus, quase morri”, referindo-se ao acidente aéreo que sofreu há cerca de dois anos, após registrar em foto aérea um desenho produzido mecanicamente com plantação de algodão no oeste da Bahia.