Plataforma Rede Logos é lançada no IHAC
Depois do lançamento na FACOM, plataforma online de financiamento coletivo para projetos universitários foi apresentada no IhacLab-i
Por: Lucas Arraz
Com foco em produção de projetos universitários nas áreas de arte, tecnologia e cultura, a Rede Logos é a primeira plataforma de financiamento coletivo que aposta em inovação universitária no Brasil. Lançada na última terça feira, 25, o projeto do professor Adriano Sampaio foi apresentado no Laboratório de Inovação do IHAC (IhacLab-I). A Rede, idealizada na FACOM, permite que universitários e universidade consigam realizar atividades e projetos de maneira colaborativa.
A apresentação que aconteceu no IHAC faz parte do ciclo de lançamento da primeira fase da Rede que já iniciou suas atividades na FACOM. “A Rede vai funcionar como um catalisador para que as pessoas se encontrem, troquem experiências e construam seus próprios projetos”, garantiu Sampaio. A Logos funciona a partir da interação entre três perfis de entrada: colaborador, produtor e investidor. Como colaborador, estudantes universitários se candidatam para trabalhos nas mais diversas áreas. O perfil de produtor é responsável por criar projetos e os investidores doam materiais.
A Rede funciona sempre pelo sistema de financiamento coletivo. Porém Adriano Sampaio não define a Rede Logos como um crowdfunding, e sim como “Uma extensa rede de contatos na universidade”. A plataforma conta com moeda própria, o Logos. A moeda será recebida quando um colaborador prestar serviço para um dos projetos cadastrados. Ela poderá ser usada para garantir a participação nos cursos a serem ofertados na rede (existe uma proposta de parceria em andamento com o SEBRAE-BA) e efetuar doações para as propostas cadastradas na plataforma ou ainda colocar em prática os seus próprios projetos. “Não é possível trocar Logos por reais, mas por ideias”, explicou Paulo Gomes, coordenador de Inovação da UFBA.
Operando já na UFBA, a Rede pretende expandir suas ações com a UNEB e a ECA/USP para que colaboradores e projetos possam ganhar forma. Durante a primeira fase do lançamento, apenas instâncias da UFBA podem lançar projetos. Na plataforma, instâncias da FACOM como o LABFoto e a Agenda Arte e Cultura já buscam colaboradores para os seus projetos. Nessa primeira fase, o SEBRAE pretende ofertar um curso de crowdfunding para quem estiver cadastrado como colaborador na plataforma a partir do final de novembro deste ano.
A pretensão para essa primeira etapa do projeto é preencher a demanda para realização de atividades e aquisição de experiência por parte dos alunos: “Queremos que pelo menos 4 mil alunos da UFBA estejam cadastrados na plataforma”, pretende o coordenador do projeto. Após o IHAC, o projeto segue para apresentações em outras unidades e na Semana do Calouro. A segunda fase, onde estudantes podem lançar seus projetos com os Logos arrecadados ainda não tem data para começar.
“Uma história se repete. Alunos chegam aqui no IhacLab-i com ótimas ideias, mas sem equipe”, comentou o coordenador de Inovação Paulo Gomes. A maior dificuldade, segundo ele, é não termos ainda na universidade um espaço que facilite o encontro de profissionais de diferentes áreas: “Cada um está em seu prédio”. Paulo confessou já ter pensado em um sistema parecido ao Logos, mas que não teve tempo para pôr em prática. “Fiquei muito feliz quando Adriano apresentou o projeto. Precisamos de soluções como essa para a inovação na Bahia. Estudantes querem fazer coisas fora da sala de aula”, concluiu.
Para o aluno de Jornalismo Felipe Iruatã, a Rede é um grande passo para a distribuição de atividades entre universitários. “As vagas para trabalhos na universidade ainda estão muito ligadas a indicação pessoal de professores e de colegas”, comentou o futuro jornalista. “Essa ideia pode interessar muitos alunos que estão ligados a empresas juniores e às ligas de empreendedorismo da universidade”, comentou outro estudante presente.