Coletivo Ginga de Angola participa de Roda de Conversa na UFBA

O evento promovido pela Proext faz parte da série Aú: A UFBA e os/as Mestres/as de Capoeira         

Por Greice Mara

O pátio da Biblioteca Central Reitor Macedo Costa foi palco, na última terça-feira, 29,  de  um bate-papo seguido de  roda de capoeira. As atividades foram promovidas pela projeto AÚ: A UFBA e os/as Mestres/as  de Capoeira, da Pró-Reitoria de Extensão (Proext), juntamente com o Coletivo Ginga de Angola.

A atividade foi mediada por Guilherme Bertissolo e contou com a presença do Mestre Cobra Mansa e da Mestra Janja. Na roda de conversa, foi abordada a questão da cultura popular, de um modo geral, no ambiente acadêmico e relatadas as experiência dos mestres no universo da capoeira.

capoeira

Cobra Mansa destacou a maior inserção de elementos da cultura popular, como a capoeira, no ambiente das pesquisas acadêmicas. “Hoje você apresenta uma pesquisa falando de capoeira e as pessoas que vão estar lá para avaliá-la, sabem sobre o tema. Elas sabem do que você está falando”, ressaltou.  Apesar do avanço, a cultura erudita ainda é mais valorizada que a popular e, por isso, esta acaba muitas vezes sendo mal compreendida.  

Entre as impressões sobre a vivência na capoeira, os mestres destacaram o seu papel como “luta pela liberdade” e “reveladora de identidades”. “Não existe divã mais perfeito que uma roda de capoeira”, afirmou Janja. Os mestres também relataram como a experiência na capoeira os moldou como pessoa. “Para mim, basta simplesmente reconhecer que a capoeira foi o lugar que melhor estruturou a minha visão de mundo”, concluiu Janja.

Ao final do evento, os membros do coletivo Ginga de Angola realizaram uma roda de capoeira. A atividade também integra a programação do I Encontro do Coletivo Ginga de Angola que começou no último dia 21 e termina no próximo dia 3.

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