Estudantes de ensino médio conhecem a cara da Ufba

Evento realizado pela Pró-Reitoria de Graduação incentiva estudantes do ensino médio a se informarem sobre o ensino superior

Verena Guimarães

“Ufba, é para lá que eu vou!”. Essa era a frase que ecoava na reitoria na manhã da última quarta-feira. Durante os dias 13 e 14 de maio, os estudantes de ensino médio tiveram a oportunidade de tirar dúvidas sobre a vida universitária. O evento, “Ufba Mostra Sua Cara”, que aconteceu na reitoria, na Praça das Artes e nos pavilhões de aula da Universidade Federal da Bahia, contou com palestras, exposições e rodas de conversa.

O objetivo foi  permitir a troca de experiências e conhecimento entre os jovens e a comunidade acadêmica. A abertura aconteceu no Salão Nobre da Reitoria, com a presença do reitor João Carlos Sales, que apresentou a universidade através dos seus princípios e valores. Os pró-reitores de graduação, extensão, pesquisa e assuntos estudantis também estavam presentes e esclareceram questões sobre o funcionamento da instituição.

O professor Penildon Silva Filho, pró-reitor de graduação, foi um dos facilitadores do evento e expôs vários dados sobre a evolução da Ufba. Ele disse que hoje a universidade conta com uma comunidade de aproximadamente 50 mil pessoas, incluindo as unidades do interior do estado. “Temos uma comunidade maior do que algumas cidades do interior baiano”, brincou.

Almerinda Luedy, também da Pró-Reitoria de Graduação (Progad), foi quem organizou o evento. Ela pensou a programação em conjunto com o Núcleo de Empresas Juniores (NEJ-Ufba) e com os movimentos estudantis, que também foram voluntários na organização. “A nossa expectativa é que os estudantes se interessem e conheçam, de fato, as oportunidades da Ufba. Para quando eles tiverem acesso à universidade, consigam escolher um curso de acordo com os seus sonhos e desejos”, completa.

Escola e universidade

Entre os momentos mais animados do primeiro dia, a mesa redonda com representantes estudantis se destacou. Beatriz Matos, 17, é representante da União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (Ubes) e explicou o quanto esse encontro é importante e transformador: “Quando se pergunta ao estudante [de escola pública] qual é a expectativa dele, passar para uma universidade é muito baixa e quando se  fala da federal, mais baixa ainda. Precisamos ocupar nossos espaços”.

A democratização da universidade foi bastante discutida, pois a Ufba mudou sua cara nesses últimos anos com a implantação de políticas públicas para a ampliação do acesso ao ensino superior. O que permitiu uma diversificação do gênero e da classe social dos alunos. O crescimento do número de vagas também foi considerável. Segundo os dados da Pró-Reitoria de Graduação, no primeiro semestre do ano de 2003, aproximadamente 20 mil pessoas estavam ingressando na graduação. Dez anos depois, os ingressos eram cerca de 35 mil.

Para aproveitar a universidade não é necessário ser estudante. Mas poucos sabem dos projetos de extensão (que fornecem um retorno para a sociedade) e dos aparelhos culturais, como os teatros, os museus e os cinemas. “Eu achei a iniciativa interessante pelo fato de mostrar como a Ufba se organiza e pude saber as oportunidades e os cursos disponíveis. Muita gente não sabe do crescimento da universidade nos últimos anos”, relata Yngrid Souza, 17, que pretende ser aluna de pedagogia.

O evento foi aberto para estudantes de ensino médio da rede pública e privada. A organização contou que cerca de mil alunos deveriam circular pela universidade nos dois dias. Além das palestras, os alunos puderam visitar stands na Biblioteca Central e conhecer mais sobre os cursos oferecidos.