O Museu de Arte Sacra da UFBA, localizado na Rua do Sodré, no Centro Histórico de Salvador foi o primeiro museu da universidade. A unidade guarda em sua história a preservação da Arte Sacra Luso-brasileira, uma das mais importantes registradas até então.
A história do museu começa em 1661. De acordo o Conhecendo Museus, projeto que apresenta, com detalhes, os principais museus do Brasil, o Museu de Arte Sacra surge quando chegam à Bahia monges portugueses da Ordem dos Carmelitas Descalços, que seguiam para a Angola. Eles instalaram na capital o Convento de Santa Teresa D’Ávila.
Com a redução do número de monges, a Ordem entra em decadência e a Arquidiocese decide instalar no edifício o Seminário Arquiepiscopal. E finalmente, em 1957, o então reitor da Universidade Federal da Bahia, professor Edgar Santos, resolve criar, vinculado à Universidade, um Museu de Arte.
A organização e direção foram confiadas ao historiador Beneditino D. Clemente Maria da Silva-Nigra, e em 10 de agosto de 1959, foi inaugurado o Museu de Arte Sacra (MAS) da Universidade Federal da Bahia, reconhecido como um dos mais importantes no gênero nas Américas. A missão do MAS é “divulgar e expôr a arte sacro-cristã, por meio de ações de preservação, pesquisa e comunicação, buscando contribuir para o desenvolvimento social e cultural do estado, valorizando sua memória histórica e artística”.
Além da importância artística e histórica, o MAS se torna também laboratório de ensino, pesquisa e extensão, para alunos da UFBA, principalmente dos cursos de Museologia, Arquitetura e Artes Plásticas. Para Edjane Rodrigues da Silva, coordenadora do setor de exposição, o MAS “não tá contribuindo apenas para a disseminação da arte sacra cristã, mas também da cultura católica de um modo geral, pois faz parte da memória e história do Brasil”.
O acervo tem cerca de 5 mil peças, entre elas imagens raras em marfim de O Bom Pastor, Nossa Senhora da Conceição, Nossa Senhora da Anunciação, Nossa Senhora com o Menino. Conta também azulejos representativos dos séculos XVII, XVIII e XIX que compõem o edifício; pinturas feitas pelo criador da Escola Baiana de Pintura, José Joaquim da Rocha (século XVIII), e seu discípulo José Teófilo de Jesus (século XIX). Além de mobiliários de alta qualidade, entre outras peças.
Todo o conjunto é tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico Artístico Nacional (IPHAN), como patrimônio nacional desde 1938, declarado Patrimônio da Humanidade pela UNESCO em 1985.
A arquitetura chama a atenção de todos. É nitidamente de influência renascentista, com destaque para sua torre sineira ou “espadaña” e para sua imponente e erudita fachada de traço maneirista. A edificação conta com uma área total construída de 5.250m², inserida em uma área livre de 8.000m². O museu também recebe exposições além de arte sacra, como arte contemporânea e trabalhos de conclusão de curso de alunos da UFBA.
O espaço está aberto de segunda a sexta-feira, das 11h30 às 17h30, e conta com visita monitorada para escolas e para o público em geral. Também possui um Setor de Eventos responsável pela locação de espaço para realização de casamentos, formaturas e eventos corporativos, contando com uma das vistas mais privilegiadas de Salvador: a Bahia de Todos os Santos. As entradas custam R$10,00 (inteira ) e R$5,00 (meia). Estudantes de escolas públicas de todos os níveis, e servidores da UFBA não pagam.
Endereço
Rua do Sodré, nº 276, Centro
CEP: 40060-240
Tel 3283.5600
E-mail: mas@ufba.br
Horário
Segunda a Sexta: 11h30–17h30
Responsável
Francisco de Assis Portugal Guimarães
Ótima apresentação. Dá vontade de ir mesmo