Cidade da Música da Bahia celebra aniversário com entrada gratuita

Situado no Comércio, espaço funciona com gratuidade até este domingo (1)

Por: Maria de Moura

Após receberem 80 mil visitantes ao longo de um ano de existência, a Cidade da Música da Bahia vai liberar acesso gratuito ao grande público entre os dias 27 de setembro e 1º de outubro, das 10h às 18h (com entrada até as 17h).

Localizado no Comércio, próximo ao Elevador Lacerda e ao Mercado Modelo, o espaço cultural apresenta a história da música desde os tempos da colonização da primeira capital do Brasil até a explosão de diversidades sonoras dos tempos contemporâneos. O local também é centro cultural de produção de novas linguagens musicais, com aparelhamento técnico e estúdios para promover novos movimentos e incentivar novas gerações de músicos da atualidade.

Os pavimentos na parte superior sediam acervos permanentes e estão sob as curadorias do antropólogo Antônio Risério e do arquiteto e artista Gringo Cardia, dupla que trabalhou em outro equipamento municipal: a Casa do Carnaval da Bahia, na Praça da Sé. Para Gringo Cardia, que já atuou na montagem de pelo menos outros dez museus em todo o mundo, a Cidade da Música é seu case mais especial. “Tivemos recorde de visitantes e continuamos com números crescentes de público. A música no Brasil nasce na Bahia e sem dúvida o museu é um sucesso. As pessoas se veem, se identificam, visitam várias vezes”, afirma.

Imagem: reprodução.
Imagem: reprodução.

Quem ficou encantado com a estrutura foi o rapper baiano Hiran, que ganhou voz em todo país ao trazer à agenda da música uma nova proposta de discursos e influências, buscando um novo ar pro hip hop para o rap queer. A obra do músico da atualidade também é parte do acervo.

“Estar no Museu da Música ao lado de meus ídolos é uma sensação muito surreal. Sou de Alagoinhas, agreste da Bahia. Minha cidade não tem um histórico marcante de grandes expoentes na música importados de lá. Então, eu sempre vivi achando que também seria uma pessoa que amava música e não ia conseguir sair e viver meu sonho. Tudo aconteceu muito rápido e tive pouco tempo para refletir sobre isso. Ver minha obra lá, em quatro salas diferentes, marcada na história como parte importante do agora no cenário baiano, me fez sentir que sonhos se realizam”, falou o artista, que soma mais de 95 mil ouvintes mensais no Spotify.

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