Cinemas em Rede exibe documentário “Augusto Boal e o Teatro do Oprimido”
O filme possui a direção de Zelito Viana e recebeu o prêmio Margarida de Prata em 2011. A entrada é franca.
Por Kelven Figueiredo
A Pró-Reitoria de Extensão (PROEXT) apresenta, nesta quinta-feira (8/06), às 19 horas, mais uma edição do Cinemas em Rede. Desta vez será exibido o documentário Augusto Boal e o Teatro do Oprimido (2011), de Zelito Viana. Após a exibição, será promovido um debate com o diretor Zelito Viana, transmitido diretamente da Universidade Federal Fluminense para as demais salas de exibição conectadas à rede. O documentário foi premiado com o Margarida de Prata de 2011. O evento possui entrada franca.
O documentário apresenta o retrato de um pensamento educativo de grande potência que faz da dramaturgia teatral um elemento de transformação do ser humano. Já o beato José de Anchieta utilizou essa técnica de comunicação no trabalho de evangelização dos índios no Brasil. O filme do Zelito Viana focaliza, entre outros, três aspectos fundamentais da invenção de Augusto Boal.
O primeiro é aquele que opõe opressor e oprimido. Na verdade, nas relações humanas do dia-a-dia ora ocupamos um papel, ora outro. Significa dizer que em cada um de nós essas situações estão presentes de forma consciente ou não. Deste ponto de vista, o ator que todos somos representa essa condição nos diferentes espaços da vida cotidiana. Isso fica mais claro quando esse processo está inserido numa instituição, e mais ainda, no campo da escola formal. Aliás, a experiência do Teatro do Oprimido, apresentada no filme, numa escola municipal do Rio de Janeiro é muito clarificadora da nova consciência resultante da ação teatral. É algo que muda o comportamento (Miguel Pereira – Professor da PUC- Rio e crítico de cinema).
O filme Augusto Boal : Teatro do Oprimido mostra a trajetória do dramaturgo Augusto Boal na criação de um teatro que tem como objetivo transformar quem dele participa num motor de mudança da sociedade opressora em que vive. Nesta trajetória, vemos as suas buscas intelectuais concomitantes com ‘as transformações da sociedade brasileira dos anos 60 até hoje. O espectador conhecerá as utilizações do Teatro do Oprimido pelo mundo (existem grupos de T. O. em 77 países) e como elas se manifestam em diferentes situações caracterizadas pela relação entre o opressor e o oprimido desde os grandes poderes até os micropoderes.
O Cinemas em Rede é fruto do Rede de Cinemas Digitais, projeto que interconecta diversos cinemas universitários pelo país através da rede acadêmica, desenvolvido pela Rede Nacional de Ensino e Pesquisa (RNP) em parceria com o Ministério da Cultura (MinC).