Estudantes da UFBA organizam “Parque Cultural – Virada Cultural das Residências”
O evento inteiramente idealizado e organizado por alunos residentes da UFBA. A programação conta com apresentações de Teatro, Dança e Música
Por Kelven Figueiredo
Acontece no próximo dia 11/03, sábado, na Residência Universitária (R1), localizada na Av. Sete de Setembro, nº 2382, às 20h o “Parque Cultural – Virada Cultural das Residências”. O evento com entrada gratuita tem o propósito de fazer do casarão um parque de diversão cultural em que apresentações acontecem simultaneamente em diversos espaços, proporcionando ao público uma explosão de sensações.
O evento conta com uma vasta programação que se estenderá pela madrugada de sábado até às 8h da manhã do domingo(12/03), com apresentações de Teatro, Dança e Música, Exibições de produções Audiovisuais e Artes Visuais e ainda performances em geral e números de circo, produzidos por estudantes e artistas da UFBA. A virada ainda possuirá bar aberto por toda noite, feira artesanal e área de gastronomia orientadas por estudos do curso.
As produções são organizadas inteiramente por estudantes residentes com o apoio da PROAE (Pró-Reitoria de Assistência Estudantil) e PROEXT (Pro-Reitoria de Extensão). Todos os artistas envolvidos são residentes ou já tiveram algum contato com as ambiências da casa. A exemplo do artista Cenildo Silva, natural de Barra do Choça e antigo residente que foi premiado no Salão das Artes Visuais da Bahia em 2014 com a obra “Sustentáculos”.
Para a residente e atriz indicada ao prêmio Braskem de Teatro 2016, Uerla Cardoso, a Virada Cultural das Residências é uma possibilidade de unir a arte e o sentimento de pertencimento das casas como cenário político, o que ultrapassa os limites das salas de aula. “O evento unifica a arte que são produzidas no âmbito das casas e da universidade com demais artistas que já usaram estes espaços para suas criações. As casas de estudantes da Bahia e do Brasil são fortes na relevância política, cultural e artística para o país, uma vez que reúnem em seu âmbito, jovens de diversos lugares da Bahia e todo Brasil no propósito de auto descoberta e profissionalização”, completa.
Preocupados com o contexto político em que a cultura do país está inserida atualmente – no ano em que a Tropicália comemora 70 anos – os residentes resgatam a resistência e a inovação no fazer artístico do período em que a censura e a ditadura militar encurralaram e exilaram artistas como Caetano Veloso e Gilberto Gil.
A área da casa será preparada para receber em seu interior o público amante do audiovisual, apreciadores de artes visuais poderão desfrutar de salões especializados, e o ateliê da casa se transformará em um espaço aberto ao encontro de artes, além do palco principal onde apresentações circenses, bandas musicais, saraus e performances acontecerão.