Liga das Atléticas cria gincana online para aproximar os estudantes

A disputa online ajudou a tirar o foco da pandemia causada pela Covid-19 e aproximou os atleticanos

Por Laiz Menezes*

Apesar da Universidade Federal da Bahia (Ufba) estar com suas atividades paradas, a Liga das Atléticas da Ufba (Laufba) começou a fazer competições virtuais para manter uma interação com os estudantes. As atividades da gincana, com duas tarefas por dia, foram lançadas pelo Instagram da associação. Oito atléticas participaram e a campeã da disputa online, que ajudou a tirar o foco da pandemia e aproximou os atleticanos, foi a Athena, da Faculdade de Comunicação (Facom). 

O diretor de comunicação da Liga, David Zuco, conta que o jogo foi criado na tentativa de ajudar os universitários que estão em isolamento. A competição recebeu o nome de Lincana, com as iniciais da Liga e da palavra gincana, e também foi feita uma homenagem à diretora da Laufba, Liane Costa, que criou as tarefas e projetou a disputa online, que aconteceu entre os dias 10 e 17 de maio. Há uma possibilidade de ter uma segunda edição em agosto. “Não descartamos a ideia de fazer outra, independente de quarentena. Levando em conta o cunho social que nós pretendemos dar, em que a gente possa amparar mais pessoas de modo geral, não só as atléticas e os alunos. Por isso, temos que pensar direito como vai funcionar e também precisamos ver a questão de parceria para o prêmio”.

Segundo Davi, a ideia da gincana foi ajudar os estudantes durante o isolamento (foto: acervo pessoal)
Segundo Davi, a ideia da gincana foi ajudar os estudantes durante o isolamento (foto: acervo pessoal)

A Laufba conta com 19 atléticas, oito delas participaram da competição online. O diretor afirma que o engajamento foi muito bom e que todos que participaram gostaram bastante.  “Eu me divirto com os prints do WhatsApp da galera tentando resolver os desafios. Desde já, fica o elogio aos estudantes que se jogaram na gincana e participaram”. A premiação surgiu a partir de uma parceria com a RedBull e a atlética campeã ganhou uma caixa com 24 latas do energético. 

A presidente da Athena, atlética vencedora, Marina Hortélio, graduanda de jornalismo, afirma que tanto os diretores, quanto os atletas estavam bem engajados com a gincana. Todos tentaram resolver as provas corretamente o mais rápido possível. Ela conta, entretanto, que apenas uma pequena parcela dos integrantes estava ajudando, o que ela admite ser compreensível dada a situação atual. As atividades, de acordo com a estudante, tiravam o foco da pandemia da Covid-19. “Essa competição nos fez bem porque somos muito sugados pelas notícias ruins da política e dos problemas causados pelo coronavírus, ainda mais a gente que estuda e trabalha com comunicação. Espero que a Lincana tenha conseguido ajudar um pouco nesse momento”, conta a atleticana. 

Marina explica que todas as provas eram feitas de casa e que eles criaram um grupo no WhatsApp com as pessoas que estavam participando, em que colocavam as provas para que todos tentassem solucionar. A presidente se interessou em entrar no jogo justamente por trazer uma atividade nova para os atleticanos durante a pandemia e pela possibilidade de  aproximação com os colegas da Facom nesse período sem aulas. Como a proposta da Athena é integrar os faconianos, fazer as atividades que visam isso é essencial. Segundo a estudante, “já que não podemos continuar com nossos treinos e campeonatos, vamos utilizar a internet e as redes sociais para promover essa integração”.

Marina Hortélio é diretora da Atlética da Facom (foto: acervo pessoal)
Marina Hortélio é diretora da atlética da Facom, que venceu a Lincana (foto: acervo pessoal)

Atleta da associação esportiva do Ihac, a estudante do BI de humanidades Tiffanie Galvão participou desde o início da Lincana e achou a proposta muito interessante. Para ela, é uma forma de tirar as pessoas do estado de aflição causado pelo isolamento.

Tiffanie destacou a importância do evento (foto: acervo pessoal)
Tiffanie destacou a importância do evento (foto: acervo pessoal)

“Todos estão muito preocupados, tensos e tristes. Ter uma atividade como essa ajuda muito a espairecer”, afirma. Mesmo com os problemas da quarentena, Tiffanie fez o possível para participar da competição: discutia as coisas no grupo, dava ideias e, se precisasse fazer alguma coisa, como gravar vídeos ou tirar fotos, ela estava disponível. “As coisas ficaram mais leves na quarentena”, conta.

 

*voluntária da Agenda Arte e Cultura

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