Da sala de aula aos palcos do prêmio: Conheça a história da estudante da UFBA Larissa Almeida, duas vezes vencedora do Prêmio ABAPA de Jornalismo
Por Gleisi Silva
Larissa Almeida carrega em si uma combinação de paixão, perseverança e um brilho nos olhos de quem encontra no jornalismo a sua verdadeira vocação. Filha de uma mãe ex-contadora, hoje dona de casa, e de um pai ex-mestre de obras, ela cresceu em meio ao apoio incondicional de uma família que sempre incentivou seus sonhos, mesmo quando eles mudavam de direção. Antes de querer ser jornalista, Larissa pensou em ser dentista, paisagista e cientista social. No entanto, foi com a aprovação no curso de Jornalismo da Universidade Federal da Bahia (Ufba) que ela encontrou seu lugar no mundo.
A paixão pelo jornalismo nasceu cedo, alimentada pela admiração pela seleção brasileira de futebol masculino e por Fernanda Gentil, que cobria a Copa do Mundo de 2014. “Decidi que queria ser setorista da seleção como ela era”, conta. Desde então, o amor pela escrita, que começou no universo das fanfics e fã-clubes, evoluiu para algo maior, conduzindo-a ao universo jornalístico.
“Quando fui aprovada na UFBA, me senti no lugar onde deveria estar. A Facom é o lugar de muitos começos para mim. Foi lá onde aprendi a escrever reportagens e onde comecei a ver o jornalismo por outros prismas.”
Em 2023, ainda como estudante, Larissa venceu o Prêmio ABAPA de Jornalismo na categoria Jovem Talento. Essa conquista foi um divisor de águas. “Ganhar me deu maior confiança quanto à minha aptidão jornalística. Concorri com gente muito talentosa, então me senti inspirada a seguir dando o meu melhor.” Um ano depois, a vitória na categoria profissional do mesmo prêmio confirmou que sua trajetória está apenas começando. “Foi motivo de muita felicidade, porque, apesar de saber que eu e meu colega Donaldson tínhamos feito um ótimo trabalho, sempre há uma certa incerteza. Até que meu nome fosse chamado, eu não acreditei que aquilo estava realmente acontecendo.”
A reportagem premiada trouxe desafios proporcionais às recompensas. “Entrevistei muitas pessoas, revisitei lugares e conheci outros. Busquei sempre apurar os detalhes, então a hora de organizar tudo e checar as informações exigiu tempo, que é algo caro ao jornalismo.” Para Larissa, esse tipo de reportagem, em que há tempo para escrita e releitura, é o que aproxima o jornalista de oferecer a melhor informação ao leitor.
Hoje, aos 22 anos, Larissa trabalha como trainee no Jornal Correio, e se enxerga em processo de constante aprendizado.
“Quando olho para o troféu do ano passado me vejo no estágio ‘um’ da minha trajetória. Hoje, com o troféu deste ano, me vejo no ‘um e meio’. Sei que evoluí, mas não quero, e sei, que não devo parar aqui.”
Entre seus planos futuros está realizar um sonho particular de sua mãe, um objetivo que o prêmio deste ano ajudará a concretizar. Além disso, ela pretende se especializar em alguma área do jornalismo. “Ainda não tenho certeza de qual escolher porque gosto de quase tudo, embora ame falar sobre economia, agro, cultura e esportes. Na minha vida pessoal, a próxima meta é realizar um sonho da minha mãe, que vai ser possível através do prêmio que ganhei neste ano”, finaliza ela.