“Vendo Meu Peixe” promove encontro de artistas na EBA e estimula o mercado das artes
Evento aconteceu no sábado, 24 de agosto, promovido pelo Centro Acadêmico da EBA.
*Por Rayssa Guedes
Na tarde do último sábado, 24 de agosto, o Centro Acadêmico da Escola de Belas Artes (EBA) da Universidade Federal da Bahia promoveu, no espaço da EBA, a 1º edição do VENDO’O MEU PEIXE, evento que tem como iniciativa a troca, a venda e a exposição do trabalho de inúmeros artistas de dentro e de fora da universidade.
Vendo Meu Peixe é um evento do EBACULT, projeto criado pelo Centro Acadêmico da Escola em 2012 e que tem como objetivo ser um espaço de exposição da produção local de curtas-metragens, shows e obras de arte. Em 2013, algumas dificuldades no espaço, ocorridas por conta das obras na Escola, impossibilitaram a realização do EBACULT no formato de exposição. Com isso nasceu o Vendo Meu Peixe, para que pessoas da Escola, de outras unidades da universidade e de fora da comunidade acadêmica vendessem sua própria produção, bastando, para isso, ser independente.
Marina Alfaya, membro do CA e estudante da Escola de Belas Artes, afirma que o Vendo’o Meu Peixe surgiu no intuito de “compensar a necessidade, por parte dos alunos e dos professores, do fomento a manifestações artísticas. Isso se deve à dificuldade de entrar em espaços, como as galerias, que se mostram escassas na cidade de Salvador”, reflete a estudante.
No sábado, a Escola de Belas Artes tornou-se um espaço alternativo para a exibição e mostra de portfólios. Foram exibidos trabalhos de diversos formatos, como pinturas, desenhos, rascunhos, fotografias, gravuras, esculturas, cadernos artesanais, performances, poesias, estojos, mochilas, cordéis, curtas-metragens, instrumentos musicais, instalações e apresentações musicais – tudo isso durante uma tarde e início de noite, com a presença, principalmente, de pessoas da comunidade UFBA, estudantes e agregados.
Prestigiando o evento, o filósofo e professor de Estética da EBA, José Antonio Saja, declarou total apoio a propostas como a do Vendo Meu Peixe e afirmou que “momentos como este se fazem mais importantes dentro da universidade do que mil aulas”. Saja associa a articulação de artistas em torno de um projeto independente e livre com o conceito do Divino Social, de Michel Maffesoli, que tem como essência uma organização intrínseca da sociedade que cria outra possibilidade de interpretação do mundo, uma nova compreensão das coisas.
Para Saja, mais importante que alcançar o status de arte é a possibilidade de expressão que os artistas conseguem a partir dos projetos que a EBACULT traz, tanto para o ambiente acadêmico quanto para a comunidade.
“As expectativas para o futuro são de que o projeto se amplie”, declara Marina Alfaya. Ela conta que a direção da EBA, que vem dando apoio ao EBACULT e ao Vendo’o Meu Peixe, tem o desejo de retomar um antigo projeto da Escola, chamado Feira de Artes, que trazia para a academia o intercâmbio dos mais diversos ramos da arte em proporções bem maiores e possuía barraquinhas, shows, exposições, rodas de conversas e troca de experiências. “O EBACULT é um protótipo”, afirma Marina. E o Vendo Meu Peixe é um primeiro passo positivo para alcançar este objetivo.
Confira mais fotos do evento, por Virgínia Andrade: