Roda celebra a união da Capoeira com a Universidade

Grupo de capoeira do mestre Pelé da Bomba se apresentou na Praça das Artes durante Congresso UFBA 70 anos. Evento contou com mesa sobre Capoeira e Produção Acadêmica

Por Rafaela Oliveira

A roda de capoeira do grupo do mestre Pelé da Bomba foi uma das intervenções culturais que movimentaram o campus de Ondina durante o Congresso UFBA 70 anos. A atividade aconteceu na manhã de sábado (16/07), na Praça das Artes (UFBA/Ondina). Antônio Jorge Costa da Fonseca, contra-mestre e representante da Associação Brasileira de Capoeira da Angola (ABCA), conta que poder participar do Congresso é algo gratificante. “Eu sou da área de capoeira, estar presente em um espaço de discussão dentro da academia é muito interessante. Espero que a comunidade da capoeira possa expandir suas visões e a sua forma de filosofar”, afirmou.

A ABCA foi fundada em 1977, porém o registro só aconteceu em 1993. Hoje, ela funciona no Pelourinho, na Rua Gregório de Matos, em frente ao teatro Miguel Santana e é presidido pelo mestre Pelé da Bomba. “Ele tem 82 anos de batalha, já viu e sabe muitas coisas. Já trabalhou com cultura afro-baiana, principalmente sambas de roda.” Afirma Paulo Magalhães, mais conhecido como “contra-mestre sem terra”. Paulo é estudante da UFBA e coordenador do projeto de extensão “Projeto Ginga da Angola”, que também faz parte do ABCA e realiza práticas e estudos ligados à capoeira.
Antes da roda, o grupo Projeto Ginga em parceria com a Associação promoveu, no Instituto de Biologia, a mesa “Capoeira e UFBA:  Memória, Produção Acadêmica e Perspectiva de Articulação”, com o objetivo de refletir sobre a relação da capoeira com a universidade. Foi aprovada a criação do Fórum de Capoeira da UFBA, que terá como principal função impulsionar projetos e pesquisas sobre o assunto na academia.

 

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