Isabella Fernandes: o orgulho e o prazer em ser bailarina

Estudante de dança conta sua trajetória iniciada aos 4 anos por iniciativo da mãe                                        

Por Greice Mara

Desde muito nova, o ballet esteve presente na vida de Isabella. Ainda com 4 anos, ela ingressou na Academia de Dança Dionée Alencar. Lá ela viveu os primeiros 13 anos de dedicação ao estilo de dança que a acompanharia durante toda a vida. Já naquela época, o amor pelo que fazia era tamanho que a porto-segurense conta que chegou a matar aulas para dançar. Preferia ir à Academia que à escola.

A maior incentivadora de Isabella estava dentro de casa: sua mãe. Era sonho dela ter uma filha bailarina: “Minha mãe sempre falava que eu ia fazer faculdade de dança”, lembra a estudante. Ela considera que o apoio da família foi  determinante para que pudesse seguir sua trajetória no ballet.

Segundo ela, muitas vezes, os jovens que optam por seguir uma carreira artística não recebem tal apoio. Mesmo que hoje seja possível observar mudanças na visão das pessoas em relação à profissionalização dos artistas, ainda há preconceito.

Reconhecimento

A bailarina considera que a área de atuação em Dança, de um modo geral, é bastante diversa em Salvador. A cidade tem uma cultura bastante rica e oferece algumas academias como possibilidades para quem deseja ter uma formação na área. Isabella enumera a Escola Contemporânea de Dança, Academia de Ballet da Bahia, Ballet Rosana Abubakir e a Ebateca Escola de Ballet. 

Mesmo não tendo encontrado dificuldades para conseguir emprego, Isabella acredita que a área ainda não é tão valorizada como profissão.  No entanto, acredita que, aos poucos, a dança, da mesma forma que a arte, como um todo, está conquistando espaço.

Segundo ela, a inclusão da dança na matriz curricular das escolas públicas pode fazer com que a área seja cada vez reconhecida. “Os artistas esperam que sua arte não seja reconhecida como ‘ah, que bonitinho!’ e sim como uma profissão”.

Na época do vestibular, Isabella pensou em  fazer faculdade de Artes Cênicas, pelo fato de ter gostado muito de fazer curso de teatro. Porém, o amor pela dança falou mais alto. Hoje, cursando o 7° semestre da graduação em Dança pela UFBA e atuando como professora de ballet em uma escola particular, Isabella mantém o amor amor pelo que faz.

A jovem bailarina afirma que ballet é muito difícil. “É para quem gosta, exige muito do corpo, um preparo de atleta”. E apesar das dificuldades relatadas (movimentos como pirueta e ponta, por exemplo; horas diárias de treino; flexibilidade necessária no corpo e os dois anos dedicados para fazer o Exame de Graded), ela afirma que tudo valeu a pena, já que é apaixonada pela profissão que decidiu seguir.

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